segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

A fidelidade GRENAL

Uma reportagem publicada neste final de semana no jornal Folha de São Paulo aponta uma série de curiosidades sobre as torcidas no país. A mais interessante delas: o Rio Grande do Sul tem os torcedores mais "fiéis" aos seus times no país. Enquanto nos outros estados, Flamengo, Corinthians e outros times do sudeste possuem grande índice de preferência entre os torcedores, no Rio Grande do Sul a dupla grenal não tem com o que se preocupar.

Da Folha de São Paulo:

Rio Grande do Sul é o Estado que mais registra fidelidade com clubes locais

DA REPORTAGEM LOCAL

A pesquisa do Datafolha de novembro último confirma que os grandes clubes cariocas são mais populares do que os paulistas em outros Estados. E revela também que os moradores do RJ são mais fiéis aos clubes da casa do que os de SP.Entre os entrevistados no RJ, 80% dizem torcer por Flamengo, Vasco, Botafogo ou Fluminense. Em SP, a preferência somada por Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos alcança a marca de 70%.

Nas dez unidades da República tabuladas pelo Datafolha no assunto, somente no RS a fidelidade aos principais clubes locais é maior do que a registrada no RJ -84% dos gaúchos dizem ser seguidores do Grêmio ou do Internacional, ambos sediados na capital, Porto Alegre.Em nenhum outro Estado as agremiações locais respondem por mais de 50% das preferências. Em Minas Gerais, 47% dos entrevistados apontaram o Atlético-MG ou o Cruzeiro como time de sua preferência.

No Nordeste, em alguns casos é mínima a participação dos times da casa na popularidade entre os torcedores.No Ceará, por exemplo, somente 16% dizem torcer por uma das duas potências do Estado (Fortaleza e Ceará).E, nesses casos, os corações desses brasileiros pendem mais para os clubes cariocas do que para as equipes paulistas.No Distrito Federal, 48% dos entrevistados indicaram uma agremiação do Rio como a preferida. Os times paulistas ficaram com apenas 19%.Na Bahia, são 30% os seguidores do quarteto de grandes cariocas -os quatro grandes de SP detêm 18% da preferência.

Vantagem grande a favor dos paulistas somente no vizinho PR, onde o Corinthians é o time mais popular (15%) e os times de São Paulo somam 38% das preferências, contra apenas 7% das agremiações cariocas.Para os clubes paulistas, serve de consolo o fato de que dois representantes do Estado (Corinthians e São Paulo) conseguem, cada um, ostentar 1% da preferência no RJ, enquanto o Flamengo é a única agremiação de lá a atingir a marca em solo paulista.

A pesquisa também desmente a fama de que "torcida de verdade é a do Corinthians, já que os torcedores do clube tem um dos menores índices de acompanhamento do time no estádio. A pesquisa não revela os dados dos clubes do sul, mas é possível pressupor que os indicadores sejam menos tímidos.

Paulistano é quem menos vai ao estádio

Pesquisa Datafolha revela que apenas 15% dos torcedores da capital de SP dizem torcer por seu time das arquibancadasÍndice da cidade que abriga Corinthians, São Paulo e Palmeiras fica abaixo da média nacional, de 21%, e distante de Rio e Salvador

EDUARDO OHATA PAULO COBOS DA REPORTAGEM LOCAL

Assistir a um jogo de futebol no estádio não é um programa típico do torcedor paulistano. Pesquisa nacional do Datafolha, realizada no final de novembro, mostra os moradores da cidade como os menos dispostos a torcer por seu clube nas arquibancadas. Só 15% dos entrevistados na capital paulista disseram ir aos estádios, mesmo sendo só de vez em quando. Esse número fica razoavelmente abaixo da média nacional (21%) e distante da registrada por cariocas (27%) e soteropolitanos (28%).

O Datafolha ouviu 11.786 pessoas em 390 municípios de 25 Estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Na questão do hábito dos torcedores de ir ao estádio ou acompanhar os jogos pela TV, uma resposta não exclui a outra. E quem puxa o desprezo dos paulistanos é justamente o corintiano, tido como "o mais fiel dos torcedores". Só 23% dos seguidores do clube alvinegro afirmam que têm o costume de freqüentar estádios, contra 24% dos são-paulinos, 25% dos palmeirenses e 26% dos santistas.

Comparado com o que acontece com grandes de outros Estados, a apatia paulistana pelas arenas de futebol fica ainda mais evidente. No Rio de Janeiro, 30% dos flamenguistas apontam um campo de futebol como programa. No Nordeste, 36% dos seguidores do Bahia expressam a mesma opinião. O resultado da pesquisa encontra respaldo na bilheteria nos Brasileiros do ano passado. Tanto o Flamengo, na primeira divisão do campeonato, como o Bahia, na terceira, registraram média de cerca de 40 mil torcedores por partida. O grande paulistano que mais se aproximou disso foi o São Paulo, com 29 mil pagantes por confronto. O Corinthians computou 20 mil fãs por jogo.

A observar:

- A pesquisa mostrou outros dados que mostram uma grande lacuna para trabalho dos clubes, no nosso caso, especialmente da dupla Atletiba. Ora, não pode-se tratar de um resultado unicamente atrelado a resultados, já que times como o Palmeiras amargam secas históricas de títulos, mas continuam figurando entre os mais lembrados.


- Trata-se de uma questão cultural, é verdade. Entretanto, é essa cultura que tem que ser talhada, estudada e analisada sob pena de ver oportunidades se despedindo. Atlético e Coxa (e o Paraná também) devem se mobilizar para compreender esse panorama, identificar as causas desses índices (ao invés de desmerecê-los) e tornarem-se, de vez, os donos do campinho.

- Não havia, na reportagem, dados sobre os clubes catarinenses, mas não é preciso mencionar que essa realidade paranaense serve ainda mais para fazer pensar dirigentes de Criciúma, Avaí e Figueira, só pra citar alguns.

- Também vale estudar um pouco os índices de comparecimento dos torcedores aos estádios - já que nem sempre só conforto, segurança ou bons preços asseguram a presença da massa. Em tempo: A pesquisa também coloca o Grêmio como o time de sexta maior torcida do país e o Internacional como a oitava - na frente de Santos, Atlético-MG e Fluminense.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Uma marca INTERNACIONAL

O título da Dubai Cup, conquistado pelo Sport Club Internacional - o quarto em âmbito internacional em menos de dois anos - trouxe mais louros do que o US$ 1 milhão e os trunfos sobre os campeões alemão e italiano. Com a conquista, o Inter fortalece AINDA MAIS a sua marca no exterior. A vitória do Inter brasileiro sobre o italiano ganhou repercussão entre os jornais Ole, da Argentina e La Gazetta dello Sport e Corriere della Sera, por exemplo. O periódico argentino destacou que "O Internacional de Porto Alegre voltou a demonstrar toda a sua hierarquia hoje (segunda), assim como em 2006, quando venceu o Barcelona e conquistou o Mundial de Clubes".

O trabalho de marketing do clube foi inteligente. Além de promover sua marca através de brindes, como canetas com impressões no idioma árabe, o vice-presidente colorado de Marketing, Jorge Avancini, levou um livro sobre a trajetória do clube, em inglês. Avancini participou ainda do painel intitulado "Oportunidade de Negócios para os Clubes de Futebol no Oriente Médio", em um fórum sobre negócios no futebol. Em pauta, o sucesso colorado no futebol brasileiro e mundial aos presentes, especialmente nas categorias de base. O colorado conta com mais de 2 mil meninos de 8 a 12 anos, além de outros 35 mil espalhados no Projeto Genoma Colorado.

O caso das categorias não surpreendeu os árabes à toa. A estrutura do clube para os menores foi reformulada ainda esta década, com o intuito de formar atletas para o sucesso. Daí saíram Lúcio, Daniel Carvalho, Nilmar, Rafael Sóbis. Não é só. A estratégia de reformular a política de divulgação de um clube que não logrou muitos êxitos na década de 90, passou por uma política inteligente de associados - que somam mais de 50 mil atualmente. A partir da política de sócios, o clube aprimorou melhor suas estratégias de relacionamento com o torcedor.

Voltando a Dubai Cup. Jornais gaúchos deram conta que o Inter buscava, e pode ter iniciado tratativas, para acertar com um parceiro para name rights - um modelo de negócio aplicado - e muito bem - pelo Atlético-PR com a Kyocera, quando o clube cede o direito de nomear o estádio e recebe um bom volume de recursos em troca. O primeiro resultado prático da pré-temporada de luxo foi o convite para um amistoso com o Real Madrid, em meados de agosto deste ano. E o colorado ainda tem campeonato local, copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Copa Sul-Americana em 2008. Que bons ventos levem o colorado.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Os campeões do Grêmio em nova camiseta (só que do Cruzeiro)

Do Globoesporte.com

Um erro operacional da empresa que fornece material esportivo do Cruzeiro fez com que centenas de camisas fossem retiradas das lojas neste fim de ano. A Puma lançou este mês, em alusão à fundação do clube mineiro, no ano de 1921, 300 camisas comemorativas.

Entretanto, a foto estampada na camisa mostra o time do Grêmio, que também é patrocinado pela fornecedora. De acordo com o diretor de marketing do clube, Antônio Claret, todas as camisas já foram retiradas de circulação do mercado.

- As lojas do Cruzeiro receberam 300 camisas há uns 20 dias, e já pedimos para serem retiradas. Foi um erro operacional da empresa. Na última sexta-feira, tinham algumas camisas na Centauro, e também pedi para recolher. Já está tudo resolvido. Não precisamos nos preocupar com isso - esclareceu Claret.

Isso lembra outro caso, também recente, que também envolvia o Grêmio, mas em outro papel

Também do Globoesporte
25/01/2007 - 19h:45m - Quinta-feira
Grêmio usa foto do Inter campeão em seu site

RIO DE JANEIRO - O torcedor do Grêmio mais atento levou um susto quando entrou no site oficial do clube nesta quinta-feira. É que a empresa que atualiza a página tricolor fez uma montagem para divulgar a participação do clube na Taça Libertadores utilizando uma foto da comemoração do Internacional na competição continental. Logo que a gafe foi percebida, a montagem foi tirada do ar.

O diretor do conselho administrativo do Grêmio, César Pacheco, minimizou o acontecido e preferiu apelar para a famosa rivalidade com os colorados.

- Não é uma foto do Inter, é uma montagem que está escurecida. A empresa que faz o site (a página do Tricolor é terceirizada) explicou que comprou de um banco de dados. Cobramos da empresa, mas o que existe é que o Grêmio disputou onze Libertadores e ganhou duas, e eles disputaram duas e ganharam uma - afirma, por telefone, ao GLOBOESPORTE.COM.

O dirigente tricolor afirmou que o caso não teve proporções maiores dentro do clube e nem entre os torcedores.

- Não teve repercussão aqui. Recebo todos os emails da ouvidoria e não vi nada. O caso passou despercebido - diz.

Falhas de planejamento que denunciam o amadorismo - EM ALGUNS CASOS - ou a falta de preocupação em outros na aplicação de práticas de marketing esportivo.